Que a prática de atividade física regular faz bem à saúde todo mundo sabe. Mas porque será que mesmo sabendo dos benefícios muitas pessoas não se exercitam? Alguns cientistas começaram a especular se, além da falta de tempo comumente alegada, não existiria também umfator genético que faria as pessoas se exercitarem com maior ou menos frequência. E foi justamente isso que uma pesquisa da Universidade de Missouri, conduzida pelo Dr. Frank Booth, descobriu (ainda em ratos): que existem diferenças genéticas que fazem alguns se exercitarem mais do que outros.
Os pesquisadores investigaram a expressão gênica de uma parte do cérebro responsável pelasensação de recompensa, aquele sentimento gratificante que sentimos após uma corridinha. Eles viram que essa parte do cérebro era mais desenvolvida nos ratos que gostavam mais de correr e menos desenvolvidas nos que praticamente não corriam na roda da gaiola. Ou seja, os ratos sedentários não corriam porque provavelmente não sentiam tanto prazer naquela atividade como os outros ratos, e isso é uma característica genética.
Porém, a conclusão da pesquisa não foi de que algumas pessoas estão fadadas ao sedentarismo e ponto. Eles continuaram os experimentos “forçando” os ratos sedentários a correrem mais e viram que isso alterou o cérebro deles, desenvolvendo mais a área responsável pela sensação de satisfação após a atividade física.
O Dr. Booth, em declaração ao The New York Times, disse que “os humanos podem ter genes que motivam a realização e exercícios físicos e outros genes que motivam ficar sentado no sofá, e com o passar das gerações um tipo de gene pode se tornar predominante na família. Mas predisposições não são ditatoriais. As pessoas podem decidir por se exercitaram e como o experimento final da pesquisa mostrou, elas podem recondicionar seus cérebros de modo que a atividade física se torne prazerosa.”
Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/04/estudo-mostra-que-cerebro-esta-programado-para-fazer-atividade-fisica.html
Att, Walmor Ladwig
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