Esse comportamento assemelha-se à bulimia pelos episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos (binges), mas não há eliminação forçada da comida ingerida.
Os pacientes que comem compulsivamente perdem o controle, consumindo
grandes quantidades de alimentos. Só param quando há um desconforto
físico muito intenso. Cada episódio de binge é seguido de
sentimentos de vergonha, culpa e baixa auto-estima. Os doentes têm
grande dificuldade de perder peso, sendo que a maioria é obesa ou tem
histórico de variações de peso.
Quem come compulsivamente?
O comportamento ocorre em cerca de 2% da população e, como a anorexia
e a bulimia, é mais frequente nas mulheres, podendo se manter por
muitos anos.
Após avaliação médica, o tratamento costuma incluir reeducação nutricional e alimentar e acompanhamento psicoterápico.
Há fatores que perpetuam esses transtornos?
Conforme vimos, os transtornos alimentares podem evoluir por extensos
períodos de tempo; as mudanças na dieta e nos exercícios que levam à
perda de peso na anorexia são sustentadas por mecanismo biológico,
psicológico e social.
Colaboram para a perpetuação da anorexia: a deterioração das relações
com a família e os amigos; a valorização do controle sobre o peso e a
forma corporal magra que acompanham a dieta restritiva e demais
comportamentos anoréxicos; a crença supervalorizada em relação à
importância de manter-se magra, percebendo-se desejável e atraente mesmo
quando está “pele e ossos”; os fatores físicos decorrentes da privação
prolongada de alimentos perpetuam a preocupação constante com a comida,
as alterações hormonais e afetam o funcionamento gástrico (após passar
fome por longos períodos, pequenas quantidades de alimento causam
sensação de empachamento, o que leva o paciente a não comer).
A abordagem de cada uma das variáveis acima será planejada pelo
médico, psicoterapeuta e nutricionista que tratam desses pacientes.
Essas e outras informações sobre comer compulsivo você pode encontrar
no livro ‘Saúde – Entendendo as Doenças, a Enciclopédia Médica da
Família’, de minha autoria em conjunto com o Dr. Paulo Kauffman.
Fonte: http://jovempan.uol.com.br/blogs/?call=home&page=blogs¶meter=
Att,
Wendell
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