Deixem as crianças brincarem e se sujarem. Brincadeira é coisa séria, além de fazer muito bem para o desenvolvimento dos pequenos.
Essa é uma resenha de um artigo que aborda esta temática.
A
brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento
O artigo
escrito pela Doutoranda em Psicologia Scheila Tatiana Duarte Cordazzo- UFSC e pelo
Dr. em Psicologia Mauro Luís Vieira- UFSC, traz para discussão cientifica a “brincadeira”.
E tem por objetivo apresentar evidencias sobre as contribuições da brincadeira
para a aprendizagem e ao desenvolvimento infantil no âmbito escolar.
Autores
como Vygotsky (1991), Elkonin (1998) e Leontiev (1994) apresentam a brincadeira
como um processo de desenvolvimento. Quando somos bebês as brincadeiras giram
em torno do desenvolvimento dos órgãos de sentido. Em um segundo momento as
crianças brincam de ser “papai, mamãe, filhinho, trabalhador, etc.”, para
satisfazer desejos imediatos. Desejos estes, que vem da vontade do individuo de
desempenhar diferentes papéis sociais.
Analisando
estes aspectos verificamos que a brincadeira não tem somente a diversão e o
passatempo como fim. Brincando, sem perceber a criança acaba desenvolvendo sua
personalidade, seu emocional, através dela o individuo domina suas angustias.
Segundo Smith (1982) as brincadeiras também auxiliam a criança no
desenvolvimento das habilidades motoras, força, resistência e até mesmo no
controle de peso. Mas não é só isso, a brincadeira tem um papel muito
importante no desenvolvimento intelectual e na comunicação, a partir dela a
criança irá desenvolver estratégias. E quando se trata de brincadeiras em
grupos a criança aprendera a lidar com conflitos existentes, se preparando
assim para a vida social na faze adulta.
Apesar
de serem evidentes os benefícios desse tipo de atividade, não se observa com
frequência o uso de brincadeiras no âmbito escolar, principalmente as
brincadeiras de faz de conta e as livres. Isto segundo Goldhaber (1994) porque
a brincadeira não é vista como um caminho de aprendizagem. Há também algumas
barreiras como o excesso de alunos por classe, falta de recursos, mas
principalmente e falta de qualificação dos professores para trabalhar com esta
forma de ensino.
Após
analisar este artigo, concluo que as brincadeiras devem sim ser olhadas com
mais valor pelos professores, já que ficaram evidentes seus benefícios para o
desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. As brincadeiras podem
trazer grandes resultados na aprendizagem, já que este tipo de atividade
torna-se muito mais prazeroso para os alunos.
Porém
devemos tomar cuidado com o tipo de brincadeira e também não usar o “brincar”
como um simples ato de passatempo, mas sim dar um objetivo e aplicar uma
aprendizagem na brincadeira proposta. Se não for tomado estes cuidados a
brincadeira perde todo o seu sentido pedagógico. Para que isso não ocorra tornam-se
necessários esforços para uma melhor qualificação profissional nesta área já na
graduação.
Referencia Bibliográfica:
CORDAZZO,
S. T. D. ; VIEIRA, M. L. A brincadeira e suas implicações nos processos
de aprendizagem e de desenvolvimento. Disponível em: http://www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/pdf/v7n1a09.pdf. Acesso em 17 de outubro de 2012
Att. Edilson de Oliveira
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