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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR


Deixem as crianças brincarem e se sujarem. Brincadeira é coisa séria, além de  fazer muito bem para o desenvolvimento dos pequenos.

criança brincando sujando tintacrianças brincando tinta sujando sala casa


Essa é uma resenha de um artigo que aborda esta temática.


A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento

O artigo escrito pela Doutoranda em Psicologia Scheila Tatiana Duarte Cordazzo- UFSC e pelo Dr. em Psicologia Mauro Luís Vieira- UFSC, traz para discussão cientifica a “brincadeira”. E tem por objetivo apresentar evidencias sobre as contribuições da brincadeira para a aprendizagem e ao desenvolvimento infantil no âmbito escolar.
Autores como Vygotsky (1991), Elkonin (1998) e Leontiev (1994) apresentam a brincadeira como um processo de desenvolvimento. Quando somos bebês as brincadeiras giram em torno do desenvolvimento dos órgãos de sentido. Em um segundo momento as crianças brincam de ser “papai, mamãe, filhinho, trabalhador, etc.”, para satisfazer desejos imediatos. Desejos estes, que vem da vontade do individuo de desempenhar diferentes papéis sociais.
Analisando estes aspectos verificamos que a brincadeira não tem somente a diversão e o passatempo como fim. Brincando, sem perceber a criança acaba desenvolvendo sua personalidade, seu emocional, através dela o individuo domina suas angustias. Segundo Smith (1982) as brincadeiras também auxiliam a criança no desenvolvimento das habilidades motoras, força, resistência e até mesmo no controle de peso. Mas não é só isso, a brincadeira tem um papel muito importante no desenvolvimento intelectual e na comunicação, a partir dela a criança irá desenvolver estratégias. E quando se trata de brincadeiras em grupos a criança aprendera a lidar com conflitos existentes, se preparando assim para a vida social na faze adulta.
Apesar de serem evidentes os benefícios desse tipo de atividade, não se observa com frequência o uso de brincadeiras no âmbito escolar, principalmente as brincadeiras de faz de conta e as livres. Isto segundo Goldhaber (1994) porque a brincadeira não é vista como um caminho de aprendizagem. Há também algumas barreiras como o excesso de alunos por classe, falta de recursos, mas principalmente e falta de qualificação dos professores para trabalhar com esta forma de ensino.
Após analisar este artigo, concluo que as brincadeiras devem sim ser olhadas com mais valor pelos professores, já que ficaram evidentes seus benefícios para o desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. As brincadeiras podem trazer grandes resultados na aprendizagem, já que este tipo de atividade torna-se muito mais prazeroso para os alunos.
Porém devemos tomar cuidado com o tipo de brincadeira e também não usar o “brincar” como um simples ato de passatempo, mas sim dar um objetivo e aplicar uma aprendizagem na brincadeira proposta. Se não for tomado estes cuidados a brincadeira perde todo o seu sentido pedagógico. Para que isso não ocorra tornam-se necessários esforços para uma melhor qualificação profissional nesta área já na graduação.


Referencia Bibliográfica:
CORDAZZO, S. T. D. ; VIEIRA, M. L. A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Disponível em: http://www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/pdf/v7n1a09.pdf. Acesso em 17 de outubro de 2012

Att. Edilson de Oliveira

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