Niemeyer, que não cansava de se dizer um apaixonado pela profissão que o levou ao estrelato, deixou um legado de obras nos quatro cantos do mundo. Considerado um "gênio" por muito de seus pares, ganhou o respeito, inclusive, de seus críticos mais atrozes.
Talvez este apego ao mundo tenha sido o segredo da longevidade do arquiteto brasileiro e o que lhe permitiu trabalhar até o fim em sua paixão: os edifícios de concreto com curvas livres de suportes, que se sobressaem por seu dinamismo e leveza.
Nascido em 15 de dezembro de 1907, no Rio, Niemeyer foi, ao lado do urbanista Lucio Costa, o criador de Brasília. De sua prancheta saíram os prédios do Congresso, dos palácios do Planalto, da Alvorada e do Itamaraty e da catedral.
Seus primeiros trabalhos foram, no entanto, uma igreja e um antigo cassino às margens da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. As linhas inovadoras desse pequeno templo dedicado a São Francisco tornaram Niemeyer famoso em todo o país. O cassino foi transformado em um museu de arte contemporânea.
"Este projeto teve muito êxito porque era diferente: uma arquitetura mais leve e solta, cujas formas tentavam surpreender. Este primeiro trabalho foi muito importante para mim", disse Niemeyer em entrevista em 2007 ao jornalista Max Seitz da BBC Mundo, o serviço em língua espanhola da BBC.
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/120504_niemeyer_obit_valeeste.shtml)
Com uma frase do jamais esquecido arquiteto,
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”
Oscar Niemeyer
Ivna Caroline
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