'As Paralimpíadas foram uma grande
experiência de vida', diz técnico inglês
Keith Mayer, treinador que comandou a vitoriosa campanha da seleção inglesa nos jogos escolares de 2013, destaca o aspecto social e formador da competição

Diferentemente do futebol profissional onde, apesar de ter um título mundial e se proclamar inventora do esporte, a Inglaterra é mais lembrada pelos seus fracassos do que por suas conquistas, a seleção inglesa de Futebol de 7 (com jogadores que têm paralisia cerebral) fez bonito nas Paralimpíadas Escolares. Mas de acordo com Keith Mayer, técnico da equipe, os britânicos deixam o Brasil com muito mais do que a medalha de ouro no peito: presenciaram uma nova forma de encarar a vida.
- O que fizemos fora do campo é muito mais importante do que o que fizemos dentro do campo. Aprendemos com a alegria dos brasileiros, as músicas, o aspecto cultural. Vimos pessoas com deficiências diferentes. Foi uma lição de vida o que nós vimos aqui... pessoas com muita dificuldade, com grandes deficiências, e mesmo assim alegres. Foi tocante ver esses atletas Tudo o que eu fiz nesses 32 anos no futebol foi amplificado por essa experiência. O Brasil é um ótimo lugar. Todos saíram daqui com uma boa experiência e também boas histórias – reconheceu Keith, citando a experiência de disputar a competição como única.
Keith, que chegou a ser jogador profissional atuando pelo Wigan Athletic, largou a carreira em seu primeiro ano depois de se profissionalizar por conta de uma lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo. O ano era 1984. A partir dali, resolveu que seria treinador e que trabalharia na formação de novos jogadores. Passou por Leeds United, Nottingham Forest, entre outros, até receber um convite da Federação Inglesa para integrar os quadros da entidade como técnico e psicólogo.
- Essa viagem para disputar esse torneio serviu para desenvolver a experiência de jogar contra outro estilo. Eles conheceram o poder do futebol brasileiro, jogaram contra um time mais veloz, e isso foi bom para eles. Os times da semifinal (Mato Grosso do Sul) e final (Rio de Janeiro) são muito dotados tecnicamente, dá uma ideia da habilidade brasileira. Outro fator diferente e importante para eles foi a temperatura, bem diferente das que nós encontramos (na Inglaterra a temperatura nesta época do ano gira em torno dos 2 graus).
- O que fizemos fora do campo é muito mais importante do que o que fizemos dentro do campo. Aprendemos com a alegria dos brasileiros, as músicas, o aspecto cultural. Vimos pessoas com deficiências diferentes. Foi uma lição de vida o que nós vimos aqui... pessoas com muita dificuldade, com grandes deficiências, e mesmo assim alegres. Foi tocante ver esses atletas Tudo o que eu fiz nesses 32 anos no futebol foi amplificado por essa experiência. O Brasil é um ótimo lugar. Todos saíram daqui com uma boa experiência e também boas histórias – reconheceu Keith, citando a experiência de disputar a competição como única.
Keith, que chegou a ser jogador profissional atuando pelo Wigan Athletic, largou a carreira em seu primeiro ano depois de se profissionalizar por conta de uma lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo. O ano era 1984. A partir dali, resolveu que seria treinador e que trabalharia na formação de novos jogadores. Passou por Leeds United, Nottingham Forest, entre outros, até receber um convite da Federação Inglesa para integrar os quadros da entidade como técnico e psicólogo.
- Essa viagem para disputar esse torneio serviu para desenvolver a experiência de jogar contra outro estilo. Eles conheceram o poder do futebol brasileiro, jogaram contra um time mais veloz, e isso foi bom para eles. Os times da semifinal (Mato Grosso do Sul) e final (Rio de Janeiro) são muito dotados tecnicamente, dá uma ideia da habilidade brasileira. Outro fator diferente e importante para eles foi a temperatura, bem diferente das que nós encontramos (na Inglaterra a temperatura nesta época do ano gira em torno dos 2 graus).

A campanha dos britânicos foi incontestável no torneio. Estrearam com uma goleada por 5 a 1 sobre o Rio de Janeiro. Na sequência, vitória por 3 a 0 sobre Minas Gerais e uma acachapante goleada por 10 a 0 sobre os paraenses. Na semifinal, jogo duro contra a equipe do Mato Grosso do Sul, que forma a base da seleção nacional da modalidade. Empate por 2 a 2 no tempo normal e vitória nos pênaltis.

- Meus jogadores viram que não é só a técnica que vale, precisa também de força, preparo físico, e, principalmente, conjunto. Ganharam maturidade e por isso jogamos de igual para igual.
O duelo foi equilibrado no tempo normal, terminando empatado sem gols. Na prorrogação, o esperto atacante inglês Oliver Nugent acabou com a esperança brasileira e anotou os dois gols da vitória.
- É uma honra trabalhar com esses garotos. Fui escolhido para dirigir a seleção inglesa da modalidade principal e de jovens há pouco mais de dois meses. Cinco desses garotos nunca tinham jogado juntos. O poder do futebol é muito importante para esses garotos. O futebol nos proporciona muitas boas histórias, tem um aspecto social importante na formação desses jovens. O passado ficou para trás, não podemos ficar presos a isso. Temos muito a aprender, mas temos sempre que ver tudo de uma forma positiva e esperar um futuro melhor – ressaltou o treinador britânico Keith Mayer.
As Paralimpíadas Escolares 2013, que se encerraram na tarde da última sexta-feira, contaram com a participação de 1300 atletas do Brasil e do Reino Unido. A delegação britânica veio ao Brasil a convite do Ministério do Esporte. Além de todo o aspecto social, o triunfo no torneio serviu para pavimentar um caminho que pode levar esses garotos a voos cada vez maiores.
http://globoesporte.globo.com/esporte-estudantil/noticia/2013/11/paralimpiadas-foram-uma-grande-experiencia-de-vida-diz-tecnico-ingles.html Visto
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