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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Treinar com gripe? Corrida em alta temperatura? Tire as suas dúvidas

Nos últimos anos, a corrida realmente entrou na vida de muitos brasileiros, e o número de corredores se multiplicou. E isso, consequentemente, aumentou o nível de disputa de várias provas importantes das distâncias mais comuns (5, 10, 21 e 42km). Só para se ter uma ideia, há dez anos, por exemplo, um corredor de 5km com o tempo de 20 minutos conseguia chegar, talvez, entre os vinte primeiros em uma boa corrida amadora no Rio de Janeiro. Hoje, para conseguir um Top 20 em uma prova carioca clássica como a Corrida de São Sebastião esse mesmo corredor precisaria correr pelo menos dois minutos mais rápido. Esse tempo de 20 minutos o colocaria “apenas” entre os 45 primeiros.
Isso ilustra a seguinte situação: chegar mais na frente está cada vez mais difícil, em todas as distâncias, tanto para você que corre 10km em 40 minutos quanto para o seu amigo que corre em 1h. E para conseguir esses bons resultados pessoais e/ou superar aqueles que disputam a prova com você até o final, prestar atenção em detalhes, e com isso fazer boas escolhas no treinamento e nas provas, é uma estratégia muito interessante. Confira abaixo duas situações que podem acontecer com você e veja como contorná-las ou minimizá-las.
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corredor euatleta (Foto: Getty Images)Em busca do recorde pessoal: confira detalhes que podem fazer toda a diferença (Foto: Getty Images)
1) Você está treinando bem e rumo ao seu recorde pessoal, mas na semana da prova começa a sentir que a gripe está te pegando e/ou a garganta está arranhando.
Não adianta brigar contra as defesas do organismo, o mais importante aqui é tentar chegar no final de semana da prova o mais recuperado possível. E talvez para isso, você tenha que diminuir bem o ritmo do treinamento ou mesmo ficar por um ou dois dias sem treinar (os treinos ficam em segundo plano mesmo). É investir em cama e comida, sem aquela preocupação de que vai perder treino e que vai piorar. Se até quinta ou sexta feira você já tiver se sentindo 100%, pode ser que o seu objetivo ainda possa ser alcançado. Forçar a barra e negligenciar esse período provavelmente retardará a sua recuperação, então veja se realmente vale à pena treinar. Na pior das hipóteses, fique a semana de molho e vá apenas para a prova. Talvez não saia o seu recorde, mas o melhor que você puder fazer já será um bom resultado e você ganha a experiência de mais uma prova. Lembre-se: saúde é sempre mais importante do que o tempo do relógio para os amadores, até por que se não tiver saúde, fica difícil ser regular nos treinos e melhorar.
2) Você fez vários treinos de ritmo para a sua prova alvo e está bem afiado para acelerar na corrida, só que na hora da largada a temperatura está acima dos 26 graus e a umidade beira os 80% (isso acontece algumas vezes no verão do Rio, por exemplo).
É quase certo que você não consiga manter aquele seu ritmo de treino numa situação desfavorável como essa, bater recorde pessoal então, fica mais difícil ainda. Sabendo disso, o seu ajuste tem que ser feito antes da largada. Se, por exemplo, seu ritmo de começo de meia maratona é de 5 minutos/km, uma boa estratégia é começar uns 10 ou 20 segundos mais lento e ir sentindo a prova. Faça essa avaliação com calma, pode ser que dê para acelerar um pouco com o passar dos quilômetros, mas pode ser que você tenha que ir ainda mais devagar.
Desconsiderar essas duas variáveis importantes (temperatura e umidade) ou colocar essa estratégia mais conservadora em prática só lá na frente (quando você perceber que já não dá mais e ainda está na metade do caminho), pode fazer com que você acabe a prova vagando. E aí aqueles três minutos que você ganhou por que não aliviou no começo viram 15 se arrastando para completar a prova. Numa situação de temperatura e umidade elevadas, seu corpo gasta ainda mais energia para não superaquecer, logo, sobra menos energia para movimentar os músculos. E, na prática, isso significa essa segurança de alguns segundos a mais por km no seu ritmo.
by. FE ALEXANDRE
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