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domingo, 11 de maio de 2014

Tênis em cadeiras de rodas


DESAFIAR OS LIMITES impostos pelo destino e encontrar no esporte uma oportunidade de resgate da auto-estima e da alegria de viver. Estes são os objetivos da maioria dos praticantes do tênis em cadeira de rodas, a modalidade esportiva para deficientes físicos que mais cresce no mundo. 

O Tênis em Cadeira de Rodas surgiu no ano de 1976, nos Estados Unidos. Em janeiro daquele ano, o americano Brad Parks, atleta de esqui acrobático, sofreu um acidente durante um salto de aquecimento e foi diagnosticado com lesão medular.
Durante a reabilitação, Parks ouviu falar de Jeff Minnenbraker, um atleta de Los Angeles que estava experimentando jogar Tênis na cadeira de rodas, deixando a bola quicar duas vezes na quadra. Meses depois, os dois se encontraram e começaram a discutir a possibilidade de pessoas com deficiência começarem a praticar o esporte.

Em 1977, Parks fez sua própria cadeira personalizada e começou a promover o Tênis em Cadeira de Rodas em exibições com Minnenbraker. Três anos depois, já existiam mais de 300 tenistas cadeirantes em território americano, e era criada a primeira entidade reguladora do esporte, em parceria com a Federação Americana de Tênis (USTA, em inglês).
O novo esporte chegou a Europa e Ásia nos anos seguintes, e em 1988 o Tênis em Cadeira de Rodas foi disputado como esporte de exibição nos Jogos Paralímpicos de Seul, na Coreia do Sul. No mesmo ano, fundou-se a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas (IWTF, em inglês).

A entrada em definitivo no programa paralímpico aconteceu em 1992, em Barcelona. Além da disputa nos Jogos, o Tênis em Cadeira de Rodas possui um circuito mundial, com mais de 100 torneios e rankings mundiais masculinos e femininos de simples e duplas, sob a chancela da Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês), hoje responsável pelo esporte.

No Brasil, o esporte começou a ser praticado em 1985 e o número de praticantes, cerca de 250, ainda é inexpressivo se comparado à população que possui algum tipo de deficiência física, pois, segundo o Censo de 2000, cerca de 24,5 milhões de pessoas possuem alguma deficiência. Apesar de contar com poucos praticantes, o tênis em cadeira de rodas é encarado de forma séria por muitos tenistas e o País conta com um ranking nacional e um circuito anual.

A superação do trauma de um acidente ou de limitações de movimentos decorrentes de doenças são as principais dificuldades encontradas por quem deseja começar a praticar o tênis. Uma vez superadas, essas barreiras se transformam no combustível que guia a vida dos deficientes. ”O esporte é fundamental para um deficiente administrar sua vida de forma natural. Além disso, ele é uma ferramenta muito poderosa, capaz de tirar a vergonha e o preconceito do cadeirante com ele mesmo”, revela Maurício Pommê, tenista que integrou a delegação do Brasil nas Pára-Olimpíadas de Atenas em 2004 e disputou a primeira divisão do Mundial na Suécia. 

A classificação funcional do Tênis em Cadeira de Rodas é menos complexa que a de esportes como a Natação. Os participantes são divididos por sua habilidade - assim, pessoas com quadro de amputações e lesão medular podem competir umas com as outras.
As semelhanças com o esporte convencional são muitas, mas existe a chamada regra dos dois quiques, que determina que o atleta cadeirante precisa mandar a bola para o outro lado antes que ela toque no chão pela terceira vez. Não há diferença em relação às raquetes e bolas. As cadeiras utilizadas também são esportivas, com rodas adaptadas para um melhor equilíbrio e mobilidade. E, como no esporte tradicional, outros empecilhos para a prática do tênis em cadeira de rodas são os altos custos e a falta de patrocínio. O preço das cadeiras é, em média, R$ 2 mil e o interesse das empresas em apoiá-lo é pequeno. 



Comentário

O tênis em si é uma atividade bem completa, que trabalha a força, capacidade de explosão e agilidade. O esporte também proporciona um alto gasto energético, além de melhorar o condicionamento físico, a flexibilidade e a coordenação motora. A liberação de endorfina também é muito grande pois consideravelmente é um esporte muito emocionante, se caracterizando dessa forma, uma poderosa ferramenta motivacional na fase de pós-reabilitação do indivíduo que tenha vindo a sofrer limitações motoras consecutivas de uma doença ou acidente.
O tênis sobre rodas, tem condições de se tornar uma potência na modalidade, mas faltam centros de ensino e divulgação, pois poucos enxergam essa rica característica nele sendo  ainda e infelizmente, um esporte adaptado pouco apoiado no Brasil.


Disponível em : http://www.rio2016.com/os-jogos/paralimpicos/esportes/tenis-em-cadeira-de-rodas

Att. Caroline Matias


Obs: Um parabéns especial para todas as MÃES... Um excelente e feliz dia!!!

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