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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Projeto Andar de Novo: um grande passo para a ciência

A abertura oficial da Copa do Mundo contou com uma novidade na ciência brasileira. O Projeto Andar de Novo permitiu que um paciente paraplégico voltasse a mover a perna para chutar uma bola durante o evento. O movimento foi possível com o uso de um exoesqueleto acoplado a um computador e ao cérebro de Juliano Pinto, 29 anos, que tem paraplegia completa de tronco inferior e membros inferiores. Inicialmente foi anunciado que Juliano daria alguns passos, porem isso não aconteceu.
O jovem comentou comentou a sensação que teve em vídeo postado no perfil do Facebook de Nicolelis. "Estou impressionado, eu não acreditava, só tenho a agradecer", relata. O projeto desenvolveu uma espécie de armadura robótica que traz um computador conectado ao cérebro do paciente por meio de eletrôdos. O exoesqueleto ganhou o apelido de BRA-Santos Dumont 1, em homenagem a um dos percursores da aviação, o brasileiro Santos Dummont. O projeto Andar de Novo envolve um grupo de pesquisadores de 25 nacionalidades.
Os testes do protótipo que foi apresentado ao mundo hoje aconteceram com oito pacientes da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em São Paulo (SP). No dia 29 de abril de 2014 um dos pacientes conseguiu dar os primeiros passos com a veste robótica, usando somente o cérebro para os comandos. Até o dia 20 de maio, os pacientes já tinham dado, em média, 120 passos com o exoesqueleto cada um.

Atuando como neurocientista desde 1984, Miguel Nicolelis começou a pesquisar formas de reestabelecer o controle motor e a sensibilidade tátil em pacientes com lesões medulares ou neurológicas em 2001, quando cientistas de várias partes já vinham tentando desenvolver uma veste robótica semelhante a BRA-Santos Dumont 1.
Ao longo de mais de dez anos de pesquisa junto com vários outros especialistas, o grupo de Nicolelis conseguiu criar um mecanismo tecnológico que permite que uma pessoa emita sinais elétricos cerebrais que acionem um artefato robótico. Essa chamada interface cérebro-máquina foi a primeira etapa para o desenvolvimento do exoesqueleto.
Segue o link da entrevista com Miguel Nicolelis:


Infelizmente a atividade não teve a devida importância na transmissão oficial do evento. Um grande passo para a ciência brasileira foi dado e teve poucos segundos de reconhecimento na transmissão do evento. Com tudo não podemos não podemos ficar apenas nas lamentações, fato aconteceu e fica no passado, cabe a nós darmos essa importância e reconhecimento para essas pesquisas desenvolvidas, já que trata-se de um momento histórico e que gera muitas esperanças a diversas famílias.

Acesso: http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2014/06/paraplegico-chuta-bola-em-abertura-da-copa-com-ajuda-de-exoesqueleto em 13/06/2014

Att.: José Edenilson

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